O Brasil produz hoje 79,9 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano. Esse lixo ocupa uma área equivalente a 206 estádios do Morumbi, em São Paulo, equipamento com 154.520 m² e capacidade para 67 mil pessoas. Ou seja, o lixo ocupa uma área onde caberiam 13,8 milhões de pessoas, algo próximo à população da Bahia. O mais grave é que, segundo estimativas, 31,9% desse lixo poderia ser reciclado e transformado em dinheiro.
Só 3% dos resíduos sólidos são reciclados no país. No Brasil há um milhão de catadores de material reciclável. De acordo com dados do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, do Ministério do Meio Ambiente, R$ 8 bilhões são perdidos por ano no país com resíduo sólido que deveria ser reciclado. Por dia, o brasileiro produz, em média, um quilo de lixo. “Assim como o grande mercado dos automóveis, a geração de lixo é um grande mercado para o brasileiro. A gente gera 1/3 da média do lixo do europeu e do americano, que é de três quilos de lixo por dia”.
Mais de 90% dos resíduos gerados no Brasil são dispostos no solo e sem aproveitamento nenhum.
Na contramão do descaso com que é tratado o lixo, há um item que recebe atenção especial na hora do descarte. Trata-se das latinhas de alumínio. Mais de 90% delas são recicladas no Brasil. “É o exemplo da sublimação. Você joga pro alto e não faz nem barulho. Alguém pega ela antes de cair no chão. E sabe por quê? Porque o quilo do alumínio vale muito, é um material valioso.